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sábado, 2 de março de 2013
Tricampeã olímpica Walsh compra briga com FIVB.
Uma batata que estava assando, assando e que hoje parece ter começado a passar do ponto.

Há alguns dias, o clima vinha ficando tenso entre profissionais de vôlei de praia, Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

E hoje, após matérias publicadas no Jornal Folha de São Paulo, a relação dá indícios que vai estremecer de vez, agora publicamente.

Liderados pela tricampeã olímpica Walsh que, mesmo consagradíssima, vem se mantendo muito preocupada com o futuro do vôlei de praia, os jogadores questionam uma série de alterações no formato de disputa de Circuito Mundial e Copa do Mundo de Vôlei de Praia.

Dentre elas, a extinção do qualifying (classificatórias entre duplas piores colocadas no ranking) e o novo método de convocação dos atletas pelas confederações nacionais.

O critério, que antes de baseava num ranking internacional de duplas, agora passa em levar em consideração a lista de escolhidos pelos técnicos das seleções de vôlei de praia de cada país.

Nos Estados Unidos, por exemplo, que sempre teve Walsh como a principal estrela do vôlei de praia, caso a confederação decida não convocar a atleta, ela estará impedida de defender o país em etapas do Circuito Mundial, Copa do Mundo ou até mesmo nos Jogos Olimpícos do Rio de Janeiro.

No Brasil, a mecânica é a mesma. Exceto os 27 convocados no final de 2012, nenhum outro atleta terá direito de competir internacionalmente.

Harley, Benjamin, Márcio, Fábio Luiz, Ágatha (campeã da etapa de João Pessoa na semana passada), Vivian (Rainha da Praia 2012 e vice 2013) e tantos bons nomes estão fora dos planos da CBV e devem passar boa parte do ano parados, sem ter o que jogar.

Entre os atletas brasileiros, poucos se arriscam a comentar o assunto, já que a maioria teme o risco de represálias. Os poucos que falam, mesmo que em off, são veementemente contra as mudanças.

Até Isabel, mãe de Maria Clara, Carol e Pedro Solberg, todos na lista da seleção, desabafou: "O circuito tem um ranking que é justo. Qual é o critério agora? Ninguém sabe. Acabaram com a meritocracia. Hoje me sinto desconfortável de pertencer a este esporte", disse à Folha.  

Uma briga que parece estar apenas começando.

Concordam com as reivindicações dos atletas?
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Tradicional G Slam de Klagenfurt está fora da lista 2013.
Normalmente, o calendário do Circuito Mundial da temporada seguinte era lançado no final de cada ano. Mas, com as eleições da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), que passou a ter o brasileiro Ary Graça como presidente, em setembro de 2012, os rumos da competição 2013 só foram divulgados ontem, a pouco mais de um mês para a início da primeira etapa.

Além do atraso, muitas outras alterações estão por trás da divulgação das 20 etapas previstas para 2013.

A primeira delas, é justamente o inchaço da competição, que terá duração de 10 meses. Passando por todos os cinco continentes, o Circuito tem início no Grand Slam da Argentina, em março, e se encerra na etapa Open da África do Sul, somente em dezembro.

Ao todo, serão 11 Grand Slams (incluindo o de São Paulo), oito etapas Open e a Copa do Mundo de Vôlei de Praia, disputada na Polônia, em julho.

No entanto, a mudança mais abrupta, e motivo de grande instatisfação entre os jogadores, está na forma de disputa da competição. A partir de 2013, não existirá mais contry cota e qualifying, classificatórias que possibilitavam que duplas fora das primeiras posições do ranking mundial pudessem lutar por uma das vagas restantes no torneio principal.

Todas as 20 etapas do Circuito Mundial já terão início na fase de grupos e, caso a dupla não seja convocada por sua federação, não há possibilidade de participação em nenhuma das competições.

No Brasil, por exemplo, somente os 27 atletas convocados para as seleções de vôlei de praia podem participar das etapas. E, como a FIVB impõe a participação de apenas duas duplas de capa país nos dois naipes da competição (masculino e feminino), estar entre as duplas aptas a jogar determinada etapa ainda necessita da convocação da CBV.

Caso o critério se mantenha, considerado somente Alison/Emanuel, Ricardo/Pedro Cunha, Pedro Solberg/Bruno Schmitd, sempre haverá uma dessas duplas de fora em cada etapa.

Ou seja, muitos (e muitos mesmo) atletas ficarão parados por grande parte do ano, já que, sem ter o que jogar, as chances de subir posições no ranking mundial serão praticamente nulas.

Mudanças, mudanças, mudanças, que ainda vão dar o que falar e que estão deixando atletas e técnicos muito instatisfeitos com a nova presidência da FIVB.

Será que todas essas mudanças vão, de fato, contribuir para o desenvolvimento e popularização da modalidade?

Confira abaixo o calendário completo:

 

* Etapas a confirmar

Foto: Divulgação
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Seleção de Vôlei de Praia é aposta da CBV em 2013.
Ano novo, temporada nova e mudanças que prometem gerar grandes consequências para o vôlei de praia brasileiro em 2013.

Além da alteração do calendário do Circuito Banco do Brasil e das várias mudanças no formato do Circuito Mundial anunciadas, mas ainda não confirmadas, sem sombra de dúvidas, umas das maiores "revoluções" da história da modalidade acontecerá nessa temporada.

A partir de agora, formar uma boa dupla, conquistar resultados satisfatórios e garantir uma boa colocação no ranking mundial não serão os principais fatores para defender o Brasil em competições internacionais. 

Em 2013, a participação das parcerias brasileiras em etapas de Circuito Mundial, Copa do Mundo e Sul-Americano ficará a critério da CBV que, ainda no final de 2012, definiu os 27 representantes nacionais para toda a temporada.

No feminino, Ângela, Bárbara Seixas, Carolina Solberg, Elize Maia, Juliana (cortada da lista por ter faltado à apresentação oficial), Lili, Maria Clara, Maria Elisa, Rebecca, Taiana e Talita foram as 11 escolhidas pelo técnico Marcos Miranda.

No masculino, Alison, Álvaro Filho, Brian, Bruno Schmidt, Daniel Souza, Daniel Lazzari, Edson Filipe, Emanuel, Evandro, Hevaldo, Leonardo Gomes, Pedro Cunha, Pedro Solberg, Ricardo, Thiago e Vitor Felipe foram os 16 convocados pela técnica Letícia Pessoa.

Ou seja, a não ser que inclusões ou exclusões sejam feitas (situação que pode acontecer, segundo a própria CBV), qualquer outro atleta brasileiro não terá chances de defender o país internacionalmente.

Um exemplo do que esse novo critério vai implicar: Ágatha e Bárbara Seixas, que conquistaram bons resultados logo no primeiro ano da dupla, estão fora dos planos da confederação. Enquanto o nome de Bárbara Seixas está presente na lista das convocadas, o de Ágatha está fora e, caso não haja nenhuma mudança, elas poderão jogar juntas apenas nas etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Situação idêntica à de Bruno e Hevaldo, que conquistaram alguns importantes pódios no Circuito Banco do Brasil em 2012, mas que foram "separados" pela CBV. Márcio, medalha de prata em Pequim 2008, Harley, Benjamin, Fábio Luiz: todos esses também estão fora dos planos da seleção.

Na teoria, e desde que mantido o bom senso, a ideia é ótima. Caso o atleta sofra uma lesão às vésperas de alguma competição, o entrosamento de seu "parceiro" com outro jogador permitirá que a participação brasileira não seja prejudicada.

No entanto, diferente das convocações do futebol, por exemplo, em que a escolha dos atletas se dá por competição ou por uma determinada sequência de amistosos, a formação de uma lista anual talvez seja um período muito grande, principalmente para aqueles que não foram convocados.

Estar fora da convocação e ficar sem disputar uma única etapa de Circuito Mundial durante toda a temporada certamente trará desmotivação, falta de patrocínio e até mesmo falta de ter o que jogar durante boa parte do ano, fatores que, ao invés de ajudar, poderão acabar prejudicando ainda mais a formação de novos talentos.

Nos planos da CBV, a ideia é promover uma melhor preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Resta saber se a mudança não vai ser radical demais para ser implantada de uma única só vez já  nesse início de 2013.

O que vocês acham?

Foto: Maurício Kaye/CBV
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Fim de uma era: Larissa se despede da parceira Juliana.
Três dos quatros semestres do ano já foram relembrados na retrospectiva do vôlei brasileiro em 2013 aqui no blog. Neste último post, é hora de recordar das competições pós-Olimpíadas. Dentre os fatos mais marcantes: conquista mundial do Sollys/Nestlé e separação de Juliana/Larissa e Talita/Maria Elisa.

Circuito Mundial: Ju/Larissa garantem hepta
Se o início de temporada não começou bem, o final dela foi bem mais feliz. Tal como em seis dos últimos sete anos, o título do Circuito ficou nas mãos das brasileiras recordistas de títulos mundiais.

Com a desistência de Zhang Xi/Xue e com o título de Juliana/Larissa assegurado mesmo sem a necessidade de disputa da última etapa da temporada, Àgatha/Bárbara Seixas, que se destacaram nas competições do segundo semestre de 2012, garantiram o primeiro pódio de Circuito Mundial da parceria.

No masculino, 100 pontos separaram Alison/Emanuel do bi. Com a eliminação ainda nas quartas-de-final do Grand Slam da Polônia, o título acabou ficando com os norte-americanos Gibb/Rosenthal, que acabaram sendo beneficiados pela pausa de Alison ainda na primeira etapa da temporada por conta do corte sofrido no braço.

Mundial de Clubes: Sollys/Nestlé campeão e Sada Cruzeiro vice
Depois das conquistas da Superliga e do Sul-Americano, Sollys/Nestlé e Sada Cruzeiro partiriam para Doha, no Qatar, em busca do título de campeões do mundo.

E, após 18 anos de jejum, a conquista feminina voltaria a ser verde-amarela. Vitória tranquila sobre o Rabita Baku, atual campeão mundial, por 3x0 (25/16, 25/14 e 25/17) e encerramento de uma temporada perfeita para a equipe de Osasco.

Pelo masculino, título também brasileiro, mas não da equipe cruzeirense. Contando com a enorme ajuda do levantador Rapha, os italianos do Trentino venceriam a partida decisiva por 3x0 (25-18, 25-15 e 29-27) e garantiriam o quarto título mundial consecutivo.

Mesmo sem apresentar o mesmo voleibol da Superliga, a equipe mineira ainda veria três de seus jogadores entre os oito melhores do Mundial de Clubes: Wallace (melhor sacador), William (melhor levantador) e Serginho (melhor recepção).

Superliga: nova temporada, novas equipes, velhos problemas de transmissão
Início em 2012, encerramento em 2013. Nas primeiras rodadas da edição 2012/13 da Superliga, o que se viu foi o bom e velho equilíbrio de sempre.

No masculino, RJX e Sada Cruzeiro largaram na frente e logo nas primeiras rodadas confirmaram o porquê de serem considerados os principais favoritos. Depois de três derrotas nas três primeiras rodadas, a equipe do Sesi-SP buscou a reação, fechou o ano na 3ª colocação e acabou voltando ao pelotão de postulantes ao título.

Pelo feminino, fim de polorização Sollys/Nestlé e Unilever. Com a nascimento da equipe do Vôlei Amil e com a boa campanha do Banana Boat/Praia Clube, a competição ganhou mais equilíbrio e contou com bons jogos nas oito primeiras rodadas.

Uma das poucas novidades, no entanto, ficou por conta das coberturas televisivas. Embora a CBV tenha implantado as transmissões online, via Live Score, várias foram as partidas que ficaram fora da grade de programação das emissoras. Inclusive toda a 2ª rodada da competição masculina.

Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia: duplas saem de cena e outras despontam
Novo formato, que tal como na Superliga passa a dividir a temporada entre alguns meses de 2012 e outros de 2013, novas duplas e despedidas importantes. 

Deixando para trás os pontos das etapas do primeiro semestre e partindo do zero em Cuiabá, a nova temporada feminina seria novamente "quebrada" na etapa do Rio de Janeiro por conta das separações de Juliana/Larissa e Talita/Maria Elisa.

Ainda sem saber se volta ou não às areias, Larissa se despediu de Juliana para se dedicar os negócios e ao sonho de ser mãe. Talita/Maria Elisa, juntas desde 2009, optaram por encerrar a parceria justamente ao final do ciclo olímpico. Para 2013, Juliana atuará ao lado de Maria Elisa e Talita, embora não tenha confirmado oficialmente, deverá jogar com Taiana.

Alheias às separações, Ágatha/Bárbara Seixas e Lili/Rebecca foram as grandes sensações das seis etapas disputadas.

Sensações que responderam pelo nome de Pedro Solberg e Bruno Schimtd no masculino. Já de olho nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, os novos parceiros venceram quatro das seis etapas disputadas na temporada 2011/12. Para a primeira etapa do novo ano, a dupla tem como objetivo defender os 16 jogos de invencibilidade acumulados em 2012.

E assim chega ao fim a retrospectiva 2012 aqui no blog. Espero que tenham gostado e relembrado alguns dos fatos que marcaram o ano que se passou!

Um FELIZ e ABENÇOADO 2013 a todos!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Mais regulares, cruzeirenses conquistaram título inédito.
No primeiro post da retrospectiva 2012, recordamos o Desafio Brasil x Estados Unidos de Vôlei de Praia, Rei e Rainha da Praia, Circuito Banco do Brasil e Circuito Mundial. Hoje é dia de destacar as competições que movimentaram o vôlei indoor no primeiro semestre do ano.

Superliga
Uma das melhores Superligas da história, se não a melhor, e um título incostestável para um grupo cuja base foi montada ainda na temporada 2010/11.

Liderança absoluta na fase classificatória, vitória por 2x1 nos playoffs contra o BMG/São Bernardo, dupla vitória sobre o Vivo/Minas nas semifinais e vitória de virada contra o Vôlei Futuro na grande decisão (24/26, 25/18, 25/13 e 25/19).

Sem Lorena, que abandonou a partida sentindo muitas câimbras - claro que depois de tumultuar a decisão com muitas provocações, "dedo na cara" e explosão a cada ponto feito - a equipe de Araçatuba viu os cruzeirenses mostrarem a força do grupo e garantirem um título até então inédito.

Pelo feminino, novamente Sollys/Nestlé e Unilever centralizaram a disputa. A decisão, no entanto, passou longe do equilíbrio entre as duas equipes nos últimos anos. Vitória tranquila, em pleno Maracanãzinho, da equipe paulista (25/14, 25/18 e 25/23) e Superliga espetacular para Hooker, Thaísa, Camila Brait e Cia.

Liga Mundial
A pior Liga Mundial da Era Bernardinho. Duas derrotas nos três primeiros jogos, quatro resultados negativos na mesma competição contra a Polônia e apenas um sexto lugar geral.

Com a volta de Ricardinho, que não era convocado desde 2007, e com muitos problemas físicos na equipe, em muitos momentos a seleção em pouco lembrou aquela equipe tão vitoriosa dos últimos anos.

Já Kurek, Bartaman, Mozdzonek, Ignaczak e Cia derrotaram os Estados Unidos por 3x0 (25/17, 26/24 e 25/20) e fizeram história ao garantirem o primeiro título de Liga Mundial para o país.

Diante da boa regularidade, os poloneses, comandados pelo italiano Andrea Anastasi, passariam a ser considerados por muitos os grandes favoritos ao ouro olímpico em Londres.

Grand Prix
Muitas vitórias conquistadas apenas no tie-break (cinco, no total), pontos preciosos deixados para trás e apresentações que geraram certa apreensão quanto ao desempenho feminino em Londres, inclusive no técnico José Roberto Guimarães, que não escondia o descontentamento em suas entrevistas.

Se os poloneses foram os algozes da seleção masculina na Liga Mundial, a pedra no sapato das brasileiras seria a forte equipe dos Estados Unidos, que nos derrotariam duas vezes por 3x2.

Terceiro título de Grand Prix consecutivo para elas, vice para as brasileiras e favoritismo olímpico soprando para o lado norte-americano.

Convocação das duplas de vôlei de praia para Londres
Há exatos 30 dias para a abertura das Olimpíadas, a CBV, enfim, anunciava as quatro duplas brasileiras que representariam o Brasil em Londres.

Sem nenhuma surpresa, e adotando o bom senso, Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa, Alison/Emanuel e Ricardo/Pedro Cunha eram os convocados.

Pedro Solberg, que havia sofrido uma dura punição por um resultado errado no doping e que lutava com todas as forças para estar na lista dos oito escolhidos, realmente estava fora dos Jogos.

Cabia aos convocados buscar um novo ouro que não vinha desde 2004 para os homens e 1996 para as mulheres.

E o evento mais esperado, e marcante, do ano será assunto da próxima postagem!
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Maria/Talita foram os destaques do início da temporada.
Um 2012 importantíssimo para o voleibol brasileiro! Muitas alegrias, algumas tristezas e lembranças que vão durar por muitos anos. Depois de um certo atraso (aqueles que ainda não viveram isso, nunca sonhem em passar dezembro e janeiro repondo greve na faculdade!), publico hoje o primeiro dos quatro posts que vão trazer uma retrospectiva do vôlei brasileiro em 2012. 

Desafio BRA x EUA de Vôlei de Praia
Do lado brasileiro, Juliana, Larissa, Pedro Cunha e Ricardo. Do lado americano, Rogers, Daulhauser, Kessy e Ross.

Nos primeiros confrontos entre brasileiros e norte-americanos do ano, vitória de Juliana/Larissa por 2x1 sobre Kessy/Ross, derrota Ricardo/Pedro Cunha para Rogers/Daulhauser por 2x0 e 2x1 (19/21, 21/18 e 15/11) para os brasileiros na partida entre homens e mulheres, transmitida pela TV Globo.

Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia - Primeiro Semestre
Nitidamente, e obviamente, o foco das principais duplas no início da temporada foi as Olimpíadas de Londres.

E com uma preparação física visando mais longe, principalmente no masculino, o primeiro semestre das disputas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia foi marcado pelos bons resultados de parcerias que não estariam lá, como Bruno/Hevaldo, Gilmário/Luciano e Harley/Evandro.

Destaque também para o jovem veterano Franco, que depois de estar fora de uma final de CBBVP por três anos, voltou a disputar uma decisão nacional aos 45 anos de idade!

Alison/Emanuel, que foram campeões de tudo o que disputaram em 2011, venceram duas das quatro etapas nacionais e começavam a dar indícios que 2012 seria ainda mais espetacular.

Rei e Rainha da Praia
Um mamute duplamente coroado e uma plebeia enfim vivendo o seu grande momento de realeza.

Pelo segundo ano consecutivo, disputando a decisão contra seu "parceiro-adversário" Emanuel, e contando mais uma vez com a expressiva ajuda de Bruno Schmitd, Alison manteve a coroa 2012.

Pelo feminino, decisão também entre "parceiras-adversárias". Em pleno domingo de Carnaval, Vivian, que nos dois anos anteriores havia servido Maria Elisa e Larissa, venceu Taiana e enfim comemorou o seu merecido reinado.

Circuito Mundial
Um início de temporada mundial avassalador para Talita e Maria Elisa, algumas desconfianças com Juliana/Larissa, susto com Alison e evolução com Ricardo e Pedro Cunha. Ou seja, muitas emoções nas etapas que antecederam as Olímpiadas.

Prata em Brasília, ouro em Sanya, prata em Xangai: nunca o Circuito Mundial havia começado tão bem para Talita/Maria Elisa. Jogando num ritmo muito forte, as "pré-Olimpíadas" das brasileiras contou com vitórias sobre Walsh/May, Juliana/Larissa e muita confiança para os Jogos.

Do outro lado, Ju/Larissa viveram resultados opostos: até o ouro no Grand Slam de Pequim, foram três etapas sem títulos e com muita cobrança.

Pelo masculino, enquanto o mamute e Rei da Praia Alison ficaria de molho por conta de um corte sofrido na etapa de abertura, em Brasília, Ricardo/Pedro Cunha e Pedro Solberg/Márcio esquentavam a briga para ver qual parceria ficaria com a segunda vaga brasileira em Londres.

E até o dia 22 de julho, as etapas mundiais serviram principalmente para preparar as duplas para os Jogos! Mas as Olimpíadas ficaram para uma próxima postagem!

Um FELIZ e ABENÇOADO Natal para todos!
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
1º pódio mundial foi conquistado em outubro, na Tailândia.
No próximo domingo, a importante temporada do vôlei de praia brasileiro chega ao fim. E no agitado ano olímpico, uma outra parceria acabou despontando logo no primeiro ano de formação. 

Juntas a pouco mais de sete meses, Ágatha e Bárbara Seixas terminam 2012 com expressivos resultados, como os vice-campeonatos nas etapas de Recife, Cuiabá e Belo Horizonte do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia e do bronze na etapa da Tailândia, pelo Circuito Mundial.

O bate-papo da vez é com a super bem-humorada Ágatha, que falou sobre início da carreira, sobre a amizade extraquadra com a parceria Bárbara, sobre as expectativas para a próxima temporada e muito mais. Confiram:

Pergunta enviada por Gabriel Benévolo De Monteiro Chaves, via Facebook: Como foi o início da sua carreira?
Eu joguei vôlei de quadra dos 10 aos 20 anos. Não cheguei a ser profissional, joguei até o juvenil no clube Paulistano, em São Paulo. A transição para o vôlei de praia aconteceu de uma forma meio inesperada. Eu estava de férias na minha cidade, Paranaguá-PR, e lá comecei a brincar nas areias e a participar de algumas competições no estado, durante o verão. Eu e minha parceira Shirley. Conquistamos uns resultados legais e isso começou a me animar. Aí alguns meses depois eu recebi uma proposta pra jogar com a Sueli, que era de Curitiba. Enfrentamos o inverno curitibano, corremos atrás de patrocínio e conseguimos uma empresa, isso em 2012. Ali a ideia de ser uma atleta de vôlei de praia começou a vingar e desde então se tornou a minha profissão, a minha paixão.

Logo no primeiro ano de parceria entre você e a Bárbara, os resultados já apareceram. Como é a química entre vocês, dentro e fora das quadras?
Eu e Babi formamos a parceria em maio de 2011. É muito louco isso, porque eu e ela nunca tínhamos conversado antes. A primeira vez que sentamos para bater um papo foi para fechar a nossa parceria. Ali foi o início da nossa amizade. É lógico que no começo era uma relação profissional, afinal nem nos conhecíamos direito. Entretanto com o tempo a gente foi se dando bem, se conhecendo e ficando amigas. A gente pensa muito parecido sobre a vida, temos hábitos muito parecidos também. Até o jeito alto-astral é igual. Acho que o que melhor fazemos é falar bobagem e rir (risos). Então, com toda esta cumplicidade, fica fácil estar em quadra ao lado dela. Porque a gente leva para as areias toda esta amizade e se ajuda o tempo todo.

Sabe-se que os problemas enfrentados por atletas de vôlei de praia são enormes, principalmente na questão de patrocínios. E você está com cum patrocínio da Brasoil. Até que ponto essa ajuda reflete nos resultados?
Reflete muito. Tudo bem que a minha profissão é apaixonante para a maioria das pessoas e honrosa, por eu levar o nome do Brasil para o mundo. Mas eu também preciso pagar as minhas contas. E um patrocínio dá a estabilidade para que o atleta tenha paz e trabalhe com paciência até alcançar seus objetivos. Além disso, um patrocínio também possibilita que o atleta tenha condições de ter uma boa estrutura de treinamento, que possa viajar para as competições, que tenha uma boa equipe técnica, enfim, a ajuda financeira é primordial para quem quer se tornar o melhor no esporte. É um dos itens que separa o amador do profissional.

Pergunta enviada por Iranice Santos, via Facebook:  O que te levou a criar o Ágatha Centro de Treinamento de Vôlei de Praia? Conte um pouco sobre ele.
Eu sempre tive muita vontade de ajudar as pessoas. Pensei durante um bom tempo o que eu poderia fazer. Como minha vida sempre foi muito corrida, nunca pude assumir compromissos com dias e horários fixos. Então vi que a melhor maneira de realizar algo, era criando alguma coisa que eu já conhecia. Aí surgiu a ideia do Projeto Social. E por que Paranaguá? Porque foi lá que eu me criei, foi lá que eu comecei a jogar vôlei de quadra e vôlei de areia. Então também foi uma forma de eu retribuir para minha cidade tudo que eu já tinha recebido dela.

Ainda sobre o projeto social, como é poder contribuir para a melhoria de qualidade de vida de uma criança? Isso acaba sendo um estímulo para o seu desempenho nas competições?
É maravilhoso. Infelizmente eu não posso acompanhar tão de perto esta evolução dos meus pequenos, mas sempre que posso estou nos eventos que realizamos. Já passaram pelo Projeto mais de 1000 crianças. Atualmente estamos com cerca de 200 alunos. Para alguns, o Projeto foi uma fase que foi legal e passou. Para outros, o Projeto realmente mudou suas vidas. A sensação é tão gostosa, quando eu chego lá no Paraná e vejo alunos que estão com a gente desde o comecinho, coisa de 4 anos atrás. O Projeto se tornou aos poucos a segunda casa deles. Fizeram amigos e levaram este círculo de amizade para frente. Fazem questão de participar não só como atletas, mas também como voluntários. É muito gratificante. Este trabalho me estimula profissionalmente com certeza, mas me realiza muito mais pessoalmente.

Recentemente, numa matéria do SporTV, você demonstrou habilidade também com a voz, cantando muito bem, inclusive. Você gosta de cantar? Já fez aula ou algo parecido?
Eu amooooooo cantar! (risos) Meu noivo brinca comigo que eu não canto bem. Eu acho que ele tem medo que eu apronte uma pra ele, cantando em alguma data especial na frente de todos. Acho que ele tá com medo do nosso casamento (risos). Nunca fiz aula, é uma das minhas vontades pós-esporte (risos). Mas já fiz aula de violão e amava quando estava com a minha viola. É só uma questão de tempo pra eu começar a desbravar este universo musical.

No último mês, a FIVB divulgou a lista dos melhores do ano no Circuito Mundial. E a Bárbara foi eleita a atleta revelação. Como que foi essa temporada de tour mundial para vocês? Você acha que essa eleição é a valorização dos bons resultados que vocês tiveram?
Essa temporada do Circuito Mundial foi linda para nós. Assim como no Circuito Brasileiro, eu e ela não tínhamos ponto nenhum no começo das etapas. A gente foi devagarinho, etapa a etapa conquistando resultados legais. Parece que tudo para mim e pra Babi vem degrau a degrau. Na nossa caminhada nunca houve um momento que ultrapassamos fases. Cada coisa no seu tempo, cada conquista na sua hora. E isso com relação a tudo, vitórias, viagens, patrocínios, apoios. Com todas estas mudanças de duplas para o próximo ano, calculo que a nossa parceria esteja em segundo lugar no ranking das brasileiras do Circuito Mundial. É a primeira vez que eu consigo rankiar neste circuito. Foi o primeiro ano da Babi lá fora. Então com certeza foi um ano maravilhoso! No finalzinho eu ficava falando pra ela, “você tem que ganhar este prêmio de revelação, não tem ninguém que apareceu este ano e já foi tão bem como você”. E foi lindo quando ela ganhou. Merecidíssimo! Com certeza premiou e fechou com chave de ouro essa temporada.

Ano que vem, Juliana/Larissa e Talita/Maria Elisa irão desfazer as parcerias. E o cenário do vôlei de praia tende a sofrer uma grande mudança, principalmente no início da temporada. Você acha que você e Bárbara podem acabar sendo beneficiadas com isso, já que vai ser necessário um tempo de entrosamento entre as novas duplas que serão formadas?
Com certeza estas mudanças fazem com que eu e Babi estejamos um passo è frente das novas parcerias. O entrosamento só vem com o tempo e contra isso não adianta lutar contra. Agora dizer que estas novas duplas não irão bem seria uma bela mentira minha, pois elas são formadas por atletas experientes e muito técnicas. Vai ser uma briga das grandes! E acho que o cenário novo tende a nivelar as equipes e os resultados. Só jogando pra saber.

Pergunta enviada por José Carlos De Almeida Porto, via pelo Facebook: Queria saber se você tem uma previsão de quando vai retomar os estudos da faculdade de jornalismo.
Olha, esta pergunta é a mais difícil de todas que eu respondi até agora (risos). Estou amando esse mundo do jornalismo. Me identifico muito com ele, amo escrever, amo falar, amo pesquisar, amo um microfone (risos), então combina comigo. O problema é só eu ter tempo pra fazer as aulas. O nosso calendário de competições esta cada vez mais apertado. Eu realmente não sei dizer se vou conseguir voltar para as aulas no próximo ano. Vontade não falta. Eu vou tentar!

Saque curto:

Nome completo: Ágatha Bednarczuk
Data de nascimento: 22/06/1983
Peso e altura: 73 kg e 1,80m
Apelido: Gata
Cidade onde treina: Rio de Janeiro
O que gosta de fazer nas horas vagas: bater papo com os amigos e ficar enroladinha com o meu amor
Ídolo: não tenho
Filme: Hoje é Os Intocáveis
Livro: Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes
Time de futebol: Coritiba e Rio Branco (Paranaguá)
Comida preferida: Hoje é Japonesa
Mania: de anotar tuuuuuudo, sempre tenho papel e caneta por perto
O lugar mais bonito que já jogou: são vários, mas amo Gstaad na Suíça
Uma conquista inesquecível: são tantas, mas o primeiro Festival do meu Projeto Social foi marcante 
Qualidade: alegria
Defeito: cada um deve encontrar um defeito diferente em mim, né? (risos)
Sonho: São váaaaaaarios também (risos): jogar uma Olimpíada, aumentar meu projeto social, criar uma família amorosa e unida

Fotos: CBV
sábado, 3 de novembro de 2012
Eleição FIVB coloca 5 brasileiros entre os melhores 2012.
Melhor Jogadora Ofensiva, Melhor Jogadora Defensiva, Melhor Levantadora, Melhor Atacante, Melhor Esportista do Ano, Jogador Mais Inspirador e Revelação da temporada.

Estes foram os prêmios conquistados por Alison, Emanuel, Juliana, Larissa e Bárbara Seixas, atletas brasileiros presentes na lista Melhores do Ano da temporada 2012 do Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

Diferente dos últimos anos, dois norte-americanos ficaram com a "premiação máxima" da competição: pelo feminino, a tricampeã olímpica Kerry Walsh, além do título de Melhor Jogadora, também foi eleita Melhor Bloqueio, Melhor Atacante, Esportista do Ano e Atleta Mais Inspiradora, premiação que foi dividida com sua parceria Misty May.

Já pelo masculino, Sean Rosenthal, campeão do tour 2012, tirou o posto de melhor jogador do mundo, que ficou nas mãos de Emanuel em 2011.

Por se tratar de ano olímpico, e pela grande expectativa depositada em Alison e Emanuel e Juliana e Larissa, as premiações brasileiras poderiam ser maiores, tais como nos anos anteriores, é verdade.

Mas, vale lembrar que Alison sofreu com um corte inesperado no braço, logo na estreia em Brasília, atrapalhando o desempenho da dupla em algumas etapas seguintes e Juliana e Larissa demoraram a entrar no clima da competição.

Além disso, pelo feito de terem conquistado o tricampeonato olímpico, pela separação após os Jogos de Londres e por serem queridas e admiradas por grande parte dos técnicos, atletas, árbitros e organizadores, Walsh e May, mesmo também vivendo altos e baixos na competição, certamente mereciam receber o maior número possível de premiações.

Da lista final, vale observar também que, mesmo vice-campeãs e pedras do sapato tanto de Juliana e Larissa quanto de Walsh e May, as chinesas Zhang Xi e Xue não receberam nenhuma premiação.

Fazendo uma temporada de resultados importantes ao lado da parceira Ágatha, Bárbara Seixas realmente não poderia ficar de fora da lista.

OS MELHORES JOGADORES DO CIRCUITO MUNDIAL 2012

FEMININO


Melhor jogadora – Kerri Walsh (Estados Unidos)

Melhor bloqueio – Kerri Walsh (Estados Unidos)

Melhor jogadora defensiva – Larissa (BRASIL)

Melhor ataque – Kerri Walsh (Estados Unidos)

Melhor jogadora ofensiva – Juliana (BRASIL)


Melhor saque – April Ross (Estados Unidos)

Melhor levantadora – Larissa (BRASIL)

Jogadora que mais evoluiu – Sophie van Gestel (Holanda)

Jogadora mais inspiradora – Kerri Walsh e Misty May (Estados Unidos)

Personalidade do ano – Kerri Walsh (Estados Unidos)

Revelação – Bárbara Seixas (BRASIL)

MASCULINO
 
Melhor jogador – Sean Rosenthal (Estados Unidos)

Melhor bloqueio – Phil Dalhausser (Estados Unidos)

Melhor jogador defensivo – Martins Plavins (Letônia)

Melhor ataque – Alison (BRASIL)


Melhor jogador ofensivo – Phil Dalhausser (Estados Unidos)

Melhor saque – Eric Koreng (Alemanha)

Melhor levantador – Phil Dalhausser (Estados Unidos)

Jogador que mais evoluiu – Paolo Nicolai (Itália)

Jogador mais inspirador – Emanuel (BRASIL)

Personalidade do ano – Emanuel (BRASIL)

Revelação – Christiaan Varenhorst (Holanda)

PS: Pelo segundo ano consecutivo, o Primeiro Set é TOP 100 e finalista do Prêmio TOP Blog Brasil. A votação do 2º turno já começou e a meta é ficar novamente entre os 30 mais bem colocados na classificação final. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados da blogosfera brasileira.

Foto: Maurício Kaye/CBV
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Divulgação das cidades deve alterar o Circuito Mundial.
Fortaleza, João Pessoa, Maceió e Brasília. Essas serão as quatro últimas cidades que receberão as etapas 2012/2013 do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Confira as datas das disputas:

Fortaleza - 17 a 20 de janeiro
João Pessoa - 21 a 24 de fevereiro
Maceió - 14 a 17 de março
Brasília - 18 a 21 de abril

E a divulgação das quatro últimas sedes da temporada nacional deve provocar mudanças no Circuito Mundial. Com a definição de Brasília como sede do Circuito Banco do Brasil em abril, é muito provável que a cidade deixe de receber o tour mundial em 2013, fato que já vinha se repetindo nos últimos quatro anos.

Rio de Janeiro, Vitória, Guarujá, Recife? Alguém arrisca um palpite?

PS: Pelo segundo ano consecutivo, o Primeiro Set é TOP 100 e finalista do Prêmio TOP Blog Brasil. A votação do 2º turno já começou e a meta é ficar novamente entre os 30 mais bem colocados na classificação final. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados da blogosfera brasileira.

Foto: CBV/Maurício Kaye
domingo, 28 de outubro de 2012
Ágatha/Bárbara conquista primeiro pódio de Mundial. Foto: FIVB
Já com título mundial garantido para Juliana e Larissa, a temporada 2012 do Circuito Mundial de Vôlei de Praia terminou com mais um pódio para o Brasil.

Jogando em Bangsaen, na Tailândia, Ágatha e Bárbara Seixas, únicas representantes do país na etapa, jogaram bem, aproveitaram a ausência das principais duplas nacionais e internacionais e chegaram ao primeiro pódio da parceria em Circuito Mundial.

Bronze conquistado de virada sobre as norte-americanas Fendrick/Branagh (19/21, 21/19 e 15/9) e mais um ótimo resultado neste vitorioso semestre da parceria, que acumula também duas decisões de Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Kessy e Ross, prata em Londres e algozes de Juliana e Larissa na semifinal olímpica, ficaram com o ouro da etapa e com o 4º lugar geral da temporada, atrás de Ju/Larissa, Zhang Xi/Xue e Talita/Maria Elisa.

Juliana e Larissa, que necessitavam apenas da desistência de participação das chinesas, foram confirmadas pela Federação Internacional de Vôlei como campeãs da temporada 2012.

Sete títulos mundiais (2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2011 e 2012) e quebra de mais um recorde, dessa vez contra Adriana Behar e Shelda, até então maiores vencedoras do tour, com seis conquistas.

Além do título de Ju e Larissa e da crescida de Ágatha e Bárbara nesta reta final de competição, o bom início de Circuito Mundial de Talita e Maria Elisa - vice-campeãs em Brasília, campeãs em Sanya e vice-campeãs em Xangai - também merece destaque.

Para 2013, com a separação de Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa e Walsh/May, é muito provável que tenhamos uma reformulação geral nos pódios.

E, se continuarem no ritmo, Ágatha e Bárbara podem acabar se dando bem!

Circuito Banco do Brasil Nacional

Pela quarta etapa da temporada, disputada em Campinas, Josi/ Thaís e Oscar /Fábio Luiz venceram Andrezza/Luciana e Lipe/Beto Pitta e garantiram vaga no Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, que acontece na mesma cidade semana que vem. Os vice-campeões também têm presença confirmada.

PS: Pelo segundo ano consecutivo, o Primeiro Set é TOP 100 e finalista do Prêmio TOP Blog Brasil. A votação do 2º turno já começou e a meta é ficar novamente entre os 30 mais bem colocados na classificação final. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados do país.
domingo, 2 de setembro de 2012
Apostas garantiram melhor resultado do final de semana.
O final de semana do vôlei de praia brasileiro poderia ser marcado pelo heptacampeonato de Circuito Mundial para Juliana/Larissa e pelo título Mundial SUB-21 de Rebecca/Drussyla, grandes apostas da nova geração da modalidade.

Faltou pouco, mas não deu.

Na penúltima etapa de Circuito Mundial 2012, disputada em Aland, na Finlândia, Juliana/Larissa voltaram a fazer apresentações abaixo do normal, perderam duas vezes e acabaram terminando na 5ª colocação, mesma posição das compatriotas Maria Clara/Lili.

Título adiado, mas muito próximo de ser alcançado.

Caso disputem a etapa da Tailândia, em outubro, as chinesas Xue/Zhang Xi precisam conquistar o ouro e torcer para que Ju/Larissa não passem da quinta colocação geral.

No entanto, a etapa desperta pouco interesse nas duplas consideradas de "ponta" e pode ser que o hepta venha até mesmo sem a possibilidade das brasileiras viajarem para a competição.

Fora da disputa pelo título da temporada mundial, Ágatha/Bárbara Seixas repetiram outras boas apresentações e terminaram em 9º. Holtwick/Semmler, sem nenhuma pedra pelo caminho, acabaram ficando com o ouro da etapa finlandesa.

Já pelo Mundial SUB-21, disputado em Halifax, no Canadá, as novas apostas Rebecca/Drussyla, comandadas pela técnica Jackie Silva, chegaram muito próximo do título da categoria, que não é conquistado desde 2007 pelo Brasil.

No segundo torneio disputado pela parceria, as brasileiras lutaram, mas não resistiram ao volume de jogo das suiças Betschart/Vergé-Dépré S, que venceram a decisão por 2x0 (16/21 e17/21).

Mais do que a prata conquistada, a idade de Drussyla chama a atenção: apenas 16 anos.

Pela disputa masculina, os irmãos Marcus/Guto chegaram bem até as quartas-de-final, mas foram derrotados pelos poloneses, e campeões da competição, Kantor/Losiaz, terminando na 5ª colocação geral.

Com as prováveis aposentarias pós-Rio 2016, agora, mais do que nunca, é o momento de investir na busca de novos talentos para a modalidade.

PS: Mais uma vez o Primeiro Set foi indicado para participar da maior premiação da blogosfera brasileira: o Top Blog Brasil. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados do país.  
domingo, 19 de agosto de 2012
Ju/Larissa chegaram ao 45º de C. Mundial.
Uma semana após o encerramento das Olimpíadas, o Circuito Mundial de Vôlei de Praia já esteve na ativa novamente, curando um pouco da ressaca no feminino e fazendo com que a temporada internacional terminasse ainda mais dolorosa para Alison e Emanuel.

Ju/Larissa na liderança do ranking novamente
Sem as chinesas Zhang Xi/Xue disputando o Grand Slam de Stare Jablonki e com a aposentadoria da tricampeã olímpica May, Juliana/Larissa deram um passo importante na conquista do heptacampeonato do Circuito Mundial.

Com a vitória por 2 sets a 0 (21/16 e 22/20) sobre as italianas Cicolari/Menegatti na decisão, a dupla medalhista de bronze em Londres somou 800 pontos, abrindo 360 de vantagem para as chinesas, a apenas duas etapas para o final da temporada 2012.

Dependendo das próximas colocações e do interesse das duplas pela etapa de Tailândia, que normalmente não costuma receber todas as parcerias, o título do Circuito pode ser conquistado daqui a 15 dias, na Finlândia.

Título que certamente não tem o mesmo peso do ouro olímpico, mas que também não deixa de ser importante.

Outros resultados na etapa: Maria Clara/Lili e Talita/Maria Elisa (5º) e Ágatha/Bárbara Seixas (9º).

Alison/Emanuel perdem título da temporada para americanos
Certamente, agosto foi o mês de desgosto para Alison/Emanuel. Depois de perderem a decisão olímpica para alemães Brink e Reckermann, os brasileiros sofreram um duro golpe na etapa de Stare Jablonki.

Com a derrota para a dupla sensação Plavins/J Smedins e com a vitória dos norte-americanos Gibb/Rosenthal nas quartas de final, os medalhistas de prata em Londres não conseguiram pontuação suficiente e acabaram ficando com o vice-campeonato do Circuito Mundial, já que o Grand Slam de Stare Jablonki era a última etapa masculina da temporada internacioanl.

Plavins/J Smedins, que surpreenderam conquistando a medalha de bronze a pouco mais de 15 dias, chegaram a outro feito: a primeira conquista de uma etapa de Circuito Mundial, com direito a vitória  para cima de Rogers/Dalhauser nas semifinais.

Depois de conquistarem todas as competições de 2011 (Circuito Mundial, Brasileiro, Pan-Americano e Copa do Mundo), o ano que deveria coroar o trabalho da melhor dupla brasileira nos últimos 3 anos pode terminar sem nenhum título. Um duro e injusto golpe!

Além de Alison/Emanuel, Thiago/Bruno Schimtd também terminaram em 5º. Ricardo/Vítor Felipe (que ocupou a vaga de Pedro Cunha na etapa) terminaram em 9º e Márcio/Pedro Solberg em 25º.

Com o encerramento da temporada internacional, as duplas masculinas terão uma longa pausa: a próxima competição será pelo retorno do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Cuiabá, somente no dia 13 de setembro.

PS: Mais uma vez o Primeiro Set foi indicado para participar da maior premiação da blogosfera brasileira: o Top Blog Brasil. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados do país. 
domingo, 15 de julho de 2012
Brasileiras tiveram atuação memóravel na decisão de hoje.
Quatro etapas de "abstinência" no feminino e três no masculino. Depois da fase de "vacas magras", que passou pelo vôlei indoor e depois transferiu-se para o vôlei de praia, as duplas brasileiras enfim reencontraram o caminho dourado no Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

A apenas doze dias das Olimpíadas, e na penúltima etapa de Tour antes dos Jogos, Alison e Emanuel e Juliana e Larissa fizeram um esquenta que todo torcedor quer ver se repetir em Londres.

No masculino, depois de perderem as últimas duas finais de Circuito Mundial para os norte-americanos Gibb/Rosenthal (que prometem incomodar tanto quanto os compatriotas e atuais campeões olímpicos Rogers e Daulhauser), Alison e Emanuel mantiveram a calma, se imporam e conquistaram a última competição da dupla antes de Londres de forma invicta.

Resultado que garante confiança e moral para a parceria mais favorita entre todas as quatro brasileiras convocadas para os Jogos.

Pelo feminino, as hexacampeãs mundiais não só esqueceram os altos e baixos tão constantes ao longo do ano, como fizeram a melhor apresentação em uma partida de Circuito Mundial nesta temporada.

Depois de eliminar duplas como Talita e Maria Elisa e italinas Cicorali e Menegatti, Juliana e Larissa jogaram como Juliana e Larissa e, muito confiantes, concentradas e focadas, não tiveram dificuldades em garantir o título inédito de Berlim.

Talvez nenhuma imagem consiga ilustrar tão bem o dia das brasileiras como a "engraxada" de Larissa no segundo e decisivo set contras chinesas.

Mesmo que Xi tenha apresentado sinais de dores nas costas, a boa vitória traz de volta a postura vencedora da dupla brasileira e, ao mesmo tempo, joga a pressão para o lado de uma das prováveis adversárias em Londres.

Outras colocações brasileiras em Berlim: Ângela/Lili (5º), Talita/Maria Elisa (9º), Vivian/Taiana (17º); Márcio/Pedro Solberg (5º) e Benjamin/Bruno Shmitd (9º).

Antes de Londres agora somente a etapa de Klagenfurt, a minha etapa mundial preferida em termos de animação e torcida, que já começa amanhã.

Circuito Banco do Brasil Challenger

Nesse final de semana aconteceu também a terceira etapa challenger do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Beto Pitta e Lipe, que agora defendem as cores do Botafogo, foram os campeões ao derrotarem Álvaro Filho e Luciano na final realizada em Campo Grande. Franco e Daniel Souza completaram o pódio masculino.

Pelo feminino, o título ficou com a nova parceria formada por Andrezza e Chell, que venceram Raquel e Shaylyn. O terceiro lugar foi conquistado por Renata e Elize Maia.

Campeonato Mundial SUB-19

Iago/Léo Morais e Duda/Drussyla terminaram na 5ª e na 9ª colocação, respectivamente, no Mundial Sub-19, disputado em Lanarka, no Chipre.

Além das colocações, destaque para a idade de Duda: apenas 13 anos.

PS: Começou ontem a votação da edição 2012 do Prêmio Top Blog. Pelo segundo ano consecutivo, o Primeiro Set participa da disputa. Para quem quiser dar uma força, basta acessar o site da premiação e votar por meio de e-mail, Facebook ou Twitter.

Foto: Globo.com/Reuters
domingo, 8 de julho de 2012
Prata de Alison/Emanuel foi o melhor resultado da semana.
Uma fase sem vacas gordas. A 18 dias para Londres, o voleibol brasileiro vive um "esquenta" pouco dourado para as Olimpíadas. Após a prata no Grand Prix com a seleção feminina semana passada, os resultados da Liga Mundial e do Circuito Mundial de Vôlei de Praia também não foram os melhores.

Liga Mundial
Após os 3x0 para Cuba e o 3x2 para a Polônia no meio da semana, a seleção masculina de vôlei amargou a sexta colocação geral na competição, pior resultado de Liga Mundial na era Bernardinho.

Desde que o técnico chegou à seleção, em 2001, esta foi a segunda vez que o Brasil ficou fora do pódio em uma competição. A primeira havia sido justamente às vésperas das Olimpíadas, em 2008, quando a equipe terminou em quarto na Liga Mundial disputada na Itália.

Resultado ruim, histórico e que mostra que, mesmo Londres estando tão próxima, será necessário evoluir, e evoluir muito, nesses próximos dias.

Como muita gente diz: se é para perder, que seja para a equipe campeã.  E foi justamente isso que aconteceu. Depois de sofrer quatro derrotas em cinco partidas para a Polônia, vimos Kurek, Bartman e Cia garantirem o primeiro título internacional desde as Olimpíadas de 1976 para os poloneses, que chegarão com muito mais moral em Londres.

Circuito Mundial de Vôlei de Praia
Se a situação não anda boa no vôlei indoor, no vôlei de praia a situação é bem menos tensa, mas também não é a das melhores.

Pelo Grand Slam de Gstaad, na Suiça, a melhor colocação feminina foi o 5º lugar, conquistado por Àgatha/Bárbara Seixas, que eliminaram as compatriotas Juliana/Larissa nas quartas-de-final da etapa.

Ju/Larissa, não sei se administrando os resultados ou não, terminaram em 9º, Vivian/Taiana em 17º e Ângela/Lili em 25º. Talita/Maria Elisa, convocadas para os Jogos, abriram mão da etapa.

Para esquentar ainda mais a briga em Londres, Walsh/May, que há tempos não venciam um torneio, ficaram com o título do Grand Slam suiço.

Já pelo masculino, Alison/Emanuel - também não sei administrando ou não - chegaram à final, mas foram derrotados pelos norte-americanos Gibb/Rosenthal por 2x0 (17-21, 17-21).

Benjamin/Bruno Schimtd, Ricardo/Pedro Cunha e Thiago/Ferramenta terminaram em 5º lugar.

Antes de Londres, restam agora apenas dois Grand Slams: o de Berlim e o de Klagenfurt.

E aí é ver se essa fase de vacas madras é apenas uma estratégia para desviar a atenção dos concorrentes.

 Foto: FIVB