sábado, 16 de março de 2013
Vitórias, retomada da confiança e títulos ao lado do parceiro Ricardo.
O mundo do vôlei de praia se despediu hoje de um dos grandes nomes da modalidade nestes últimos anos.

Com a derrota para Bruno/Hevaldo nas quartas de final da etapa de Maceió do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, Pedro Cunha põe fim a uma carreira de 13 anos nas areias e deixa o vôlei de praia um pouco mais triste.

Depois da parada de Larissa, que deixou uma lacuna que tão cedo não será preenchida no vôlei de praia feminino, será a vez do naipe masculino sentir o mesmo.

De temperamento forte, Pedro talvez seja até visto como marrento por alguns torcedores. Mas, como prefiro trabalhar com a ideia de que atletas não são super-heróis e têm também seus defeitos como nós, simples mortais, o jeito pavio curto com parceiros, adversários, juízes ou seja lá quem for em alguns momentos não tira nem o pouco do talento de um dos atletas mais completos que já vi passar pelo vôlei de praia.

Talento e superação de um jogador que tinha tudo para parar ainda mais precocemente e que deu a volta por cima duas vezes no mesmo ciclo olímpico.

Mesmo seriamente lesiosado em 2009 e depois novamente em 2011, Pedro teve forças, brilhou como ninguém ao lado de Thiago na temporada de Circuito Banco do Brasil 2010 e, depois de se machucar a pouco mais de um ano para os Jogos de Londres, teve forças para vencer uma das mais acirradas disputas para estar numa Olimpíada.

Se Deus foi injusto com ele em algum momento, certamente foi na eliminação a um jogo das semifinais em Londres. Uma participação olimpíca que, no mínimo, merecia um bronze.

Mas se o esporte não é justo em todos os momentos e se os logo depois campeões olímpicos Brink/Reckermann jogaram melhor aquela semifinal, o 5º lugar não merece ser desprezado.

Para 2016, sem defensores como os até lá quarentões Márcio e Harley, na incerteza se o também quase quarentão Emanuel resistirá a um novo ciclo olímpico e sem muitas opções de bons (e experientes) defensores na nova safra de jogadores, Pedro certamente será lembrado não só pelo que fez, mas pelo que ainda podia oferecer ao vôlei de praia brasileiro.

Uma despedida triste, por saber que dava para tê-lo por mais tempo! Um adeus a um atleta com inteligência, personalidade, foco, convicção.

Como diria Pedro Bial: Vai, Pedro Cunha, seguir feliz na sua vida pessoal! E obrigada por tudo o que fez ao nosso vôlei de praia.
segunda-feira, 11 de março de 2013
Campeões e vices garantem vaga na próxima semana.
A partir do próximo final de semana, as areias de Maceió receberão a oitava etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Thati/Érica Freitas e Gilmário/Renatão, campeões do Circuito Banco do Brasil Nacional ontem, e Fabíola/Rachel e Gaudie/Edson Filipe, vice-colocados, garantiram a vaga para o torneio principal.

O grande detalhe da etapa alagoana deverá ser a conquista antecipada do título 2012/13 de Pedro Solberg/Bruno Schmitd.

Pedro Cunha, que anunciou sua aposentadoria nos últimos dias, fará sua última etapa da carreira ao lado de Ricardo.

Foto: CBV
sábado, 2 de março de 2013
Tricampeã olímpica Walsh compra briga com FIVB.
Uma batata que estava assando, assando e que hoje parece ter começado a passar do ponto.

Há alguns dias, o clima vinha ficando tenso entre profissionais de vôlei de praia, Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

E hoje, após matérias publicadas no Jornal Folha de São Paulo, a relação dá indícios que vai estremecer de vez, agora publicamente.

Liderados pela tricampeã olímpica Walsh que, mesmo consagradíssima, vem se mantendo muito preocupada com o futuro do vôlei de praia, os jogadores questionam uma série de alterações no formato de disputa de Circuito Mundial e Copa do Mundo de Vôlei de Praia.

Dentre elas, a extinção do qualifying (classificatórias entre duplas piores colocadas no ranking) e o novo método de convocação dos atletas pelas confederações nacionais.

O critério, que antes de baseava num ranking internacional de duplas, agora passa em levar em consideração a lista de escolhidos pelos técnicos das seleções de vôlei de praia de cada país.

Nos Estados Unidos, por exemplo, que sempre teve Walsh como a principal estrela do vôlei de praia, caso a confederação decida não convocar a atleta, ela estará impedida de defender o país em etapas do Circuito Mundial, Copa do Mundo ou até mesmo nos Jogos Olimpícos do Rio de Janeiro.

No Brasil, a mecânica é a mesma. Exceto os 27 convocados no final de 2012, nenhum outro atleta terá direito de competir internacionalmente.

Harley, Benjamin, Márcio, Fábio Luiz, Ágatha (campeã da etapa de João Pessoa na semana passada), Vivian (Rainha da Praia 2012 e vice 2013) e tantos bons nomes estão fora dos planos da CBV e devem passar boa parte do ano parados, sem ter o que jogar.

Entre os atletas brasileiros, poucos se arriscam a comentar o assunto, já que a maioria teme o risco de represálias. Os poucos que falam, mesmo que em off, são veementemente contra as mudanças.

Até Isabel, mãe de Maria Clara, Carol e Pedro Solberg, todos na lista da seleção, desabafou: "O circuito tem um ranking que é justo. Qual é o critério agora? Ninguém sabe. Acabaram com a meritocracia. Hoje me sinto desconfortável de pertencer a este esporte", disse à Folha.  

Uma briga que parece estar apenas começando.

Concordam com as reivindicações dos atletas?
sexta-feira, 1 de março de 2013
Aos 29 anos, Cunha decide encerrar carreira de 13 anos.
Nos últimos meses, o vôlei de praia brasileiro vem sofrendo uma série de baixas no "alto escalão" da modalidade.

Depois da aposentadoria de Renata, parceira de Talita nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, e da parada de Larissa, que ainda não sabe se voltará ou não às quadras, foi a vez de Pedro Cunha anunciar que seguirá outros rumos após a penúltima etapa da temporada 2012/13 do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, que será disputada em Maceió, daqui a 15 dias.

Parceiro de Ricardo há aproximadamente um ano e meio, e quinto colocado em Londres, Pedro alega desmotivação pós-Olimpíada e cansaço por conta da grande exigência na vida de um atleta profissional.

Pedro não tem uma medalha olímpica no currículo e nem menos um pódio na Copa do Mundo, que são as duas maiores competições da modalidade, mas nem por isso o atleta deixa de ser uma perda significativa para o vôlei de praia brasileiro.

Sem lesões, motivado e jogando em casa, a sua participação na Olimpíada do Rio poderia dar bons frutos ao Brasil. Até porque, analisando a lista jogadores atualmente presentes na seleção de vôlei de praia, percebe-se a carência de bons defensores nacionais e com experiência em competições internacionais.

Caso Emanuel não aguente um novo ciclo olímpico, a situação pode se complicar ainda mais.

No entanto, Pedro decide colocar em prática uma ideia que já vinha amadurecendo desde a grave lesão que sofreu em 2009. Naquela época, depois de mais de 6 meses parado, ele dava entrevistas dizendo que não parou de vez por muito pouco.

E agora, aos 29 anos de idade, resolve seguir outros caminhos. Certamente, uma perda imensa para o vôlei de praia.

Com a aposentadoria de Cunha, a dúvida é qual será o novo parceiro de Ricardo. O veterano apostará num defensor mais jovem da seleção? Márcio/Ricardo podem reeditar dupla? Harley, escolhido pelo baiano na final do Rei da Praia, também entra na briga? O que vocês acham?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Já está disponível no site da CBV a lista  das cinco cidades que receberão as primeiras etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia da temporada 2013/14.

O tour nacional começa em Recife, na última semana de agosto, e se despede de 2013 em Balneário Camboriú, em dezembro.

Caso o número de etapas da próxima temporada se mantenha, a confederação ainda precisa definir as outras cinco cidades restantes.

Além das cidades que receberão o Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, a entidade definiu datas e locais de outras competições, como Circuito Banco do Brasil Nacional, Challenger, SUB 19, 21 e 23. A relação completa está disponível em http://www.cbv.com.br/v1/praia/aviso.asp?aviso=686.

Gostaram da lista? Quais seriam os locais ideais das outras etapas?

1ª etapa – Recife - 29 de agosto a 01 de setembro
2ª etapa – Vitória -  19 a 22 de setembro
3ª etapa – Rio de Janeiro -  17 a 20 de outubro
4ª etapa – Guarujá - 14 a 17 de novembro
5ª etapa – Balneário Camboriú - 05 a 08 de dezembro

Foto: Maurício Kaye/CBV
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Pedro/Bruno podem garantir título 2012/13 em Maceió.
Seis títulos em sete etapas disputadas. Com retrospecto de campeões, Pedro Solberg/Bruno Schmitd brilharam novamente no final de semana.

Dessa vez, disputando a 8ª etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia da temporada 2012/13, em João Pessoa, a conquista foi sobre os "donos da casa" Ricardo/Pedro Cunha.

Mesmo com a torcida contra, já que Ricardo mora e treina em João Pessoa, Pedro e Bruno não tomaram conhecimento dos adversários, venceram por 2x0 (21, 16, 21/17) e se aproximaram muito do título da temporada.

Na disputa pelo bronze, Alison/Emanuel levaram a melhor sobre Thiago/Álvaro.

Enfim, Ágatha/Bárbara Seixas campeãs

Um título perseguido há muito tempo e, enfim, conquistado. Desde que fizeram a parcerira, em meados de 2012, Ágatha/Bárbara Seixas vinham acumulando bons resultados, como o vice-campeonato em Belo Horizonte e em Cuibá, mas nunca haviam garantido um título de Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

O fim do jejum veio após a vitória contra Juliana/Maria Elisa por 2x1 (21/18, 14/21 e 15/12).

Título de uma dupla que está fora dos planos da CBV, que convocou Bárbara Seixas, mas deixou Ágatha fora da lista das candidatas para defender o Brasil nas competições internacionais.

Se Pedro/Bruno Schmitd estão com o título da temporada praticamente assegurado, a briga no feminino está bem mais apertada: apenas 80 pontos separam as campeãs em João Pessoa de Lili/Rebecca.

Será que, faltando duas etapas para o encerramento do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia 2012/13, elas vão ter gás para chegar nas líderes do ranking?

Circuito SUB- 19 Banco do Brasil e Circuito Sul-Americano

Ainda em João Pessoa, pelo Circuito SUB-19 Banco do Brasil, Pedro (filho de Ricardo) e Jorge e Duda/Tainá foram os campeões da primeira etapa de verão.

Já pela terceira etapa do Sul-Americano, disputada em Montevidéu, Elize Maia/Fernanda Berti foram outro e Leonardo Gomes/Daniel Souza ficaram com o bronze. Com os resultados, o Brasil segue na liderança do ranking tanto no feminino quanto no masculino.

PS: Hoje é dia de vôlei de praia no Programa Brasil no Rio, na Rádio Bradesco Esportes FM. A partir das 14h50, pelo 91.1, 94.1 ou bradescoesportesfm.band.uol.com.br. Até lá!

Foto: Daniel Fonseca/CBV
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Tradicional G Slam de Klagenfurt está fora da lista 2013.
Normalmente, o calendário do Circuito Mundial da temporada seguinte era lançado no final de cada ano. Mas, com as eleições da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), que passou a ter o brasileiro Ary Graça como presidente, em setembro de 2012, os rumos da competição 2013 só foram divulgados ontem, a pouco mais de um mês para a início da primeira etapa.

Além do atraso, muitas outras alterações estão por trás da divulgação das 20 etapas previstas para 2013.

A primeira delas, é justamente o inchaço da competição, que terá duração de 10 meses. Passando por todos os cinco continentes, o Circuito tem início no Grand Slam da Argentina, em março, e se encerra na etapa Open da África do Sul, somente em dezembro.

Ao todo, serão 11 Grand Slams (incluindo o de São Paulo), oito etapas Open e a Copa do Mundo de Vôlei de Praia, disputada na Polônia, em julho.

No entanto, a mudança mais abrupta, e motivo de grande instatisfação entre os jogadores, está na forma de disputa da competição. A partir de 2013, não existirá mais contry cota e qualifying, classificatórias que possibilitavam que duplas fora das primeiras posições do ranking mundial pudessem lutar por uma das vagas restantes no torneio principal.

Todas as 20 etapas do Circuito Mundial já terão início na fase de grupos e, caso a dupla não seja convocada por sua federação, não há possibilidade de participação em nenhuma das competições.

No Brasil, por exemplo, somente os 27 atletas convocados para as seleções de vôlei de praia podem participar das etapas. E, como a FIVB impõe a participação de apenas duas duplas de capa país nos dois naipes da competição (masculino e feminino), estar entre as duplas aptas a jogar determinada etapa ainda necessita da convocação da CBV.

Caso o critério se mantenha, considerado somente Alison/Emanuel, Ricardo/Pedro Cunha, Pedro Solberg/Bruno Schmitd, sempre haverá uma dessas duplas de fora em cada etapa.

Ou seja, muitos (e muitos mesmo) atletas ficarão parados por grande parte do ano, já que, sem ter o que jogar, as chances de subir posições no ranking mundial serão praticamente nulas.

Mudanças, mudanças, mudanças, que ainda vão dar o que falar e que estão deixando atletas e técnicos muito instatisfeitos com a nova presidência da FIVB.

Será que todas essas mudanças vão, de fato, contribuir para o desenvolvimento e popularização da modalidade?

Confira abaixo o calendário completo:

 

* Etapas a confirmar

Foto: Divulgação